terça-feira, 21 de março de 2017

Eu, eu mesmo e Irene

Eu, eu mesmo e Irene

Interessante caro interlocutor
Mas por favor explique
Sem muitos rodeios
Porque o título de um filme?
Quando é liderança o tema
Sem rodeios será difícil
Pois sou o senhor vagareza
E antes um aviso
Não espere dos versos romantismo
Destes que se vende em sebos
Ou algum decassílabo parnasiano
Pois meu sol e ascendente
Não me deixam ser tão regrado
Por fim começo o relato
De uma tarde qualquer
Em meu quarto
Ao meu redor manuais
E regulamentos do LEO
No colo, meu velho caderno de rabiscos
E eu, concentrado
Meditando sobre o tema
Pensando em um título sobre liderança
E dos esforços saiam verbetes
E conectivos aleatórios
Uns sobre o movimento
Outros lembrado destes quase um ano
Mas todos se perdiam sem nexo
Desisto, pensei
Largo o caderno de lado
E descanso
Me apego aos detalhes da lapiseira
Ponta fina, meio milímetro de espessura
Macia da marca Faber Castel
Não, espera, foco, foco!
Me viro e reviro
Penso no que Melvin Jones faria
O que escreveria nestes versos
Talvez sobre suas parcerias
Talvez alusão aos méritos do tema
Me ajude pai do LEOnísmo, me dê inspiração
Penso
Me lembro de Cotidiano
Canção de Chico, o Buarque
Coloco a de fundo
Que bela composição
De um gênio que transfigurou
Tempo, ponto de vista
E paroxítonas em som
Me desperto do transe
Batem na porta do quarto
É minha mãe, de nome Irene
Me traz uma xícara de café com leite
Coloca ao lado da cama
E no mesmo gesto de ternura ao entrar, sai
Pianinha, como quem não quer tirar a concentração do filho
E como num insight
Minha mente se abriu
No instante que ela saiu
Mal sabe ela que aquele ato
De amor incondicional
Me abriu os olhos da razão
É isso!
Dane se Chico, que me perdoe
Se o tema é liderança
Tenho em casa o exemplo vivo
Minha mãe, minha Irene
Que me ajudou na construção do caráter
E me guiou até eu chegar ao LEO

Autor: Júlio César Campos


Presidente do LEO Clube Esteio Exposição
AL 2016-2017
Distrito LD-2



Nenhum comentário:

Postar um comentário