Nascemos,
vivemos, morremos, e dá pra resumir nossa existência a isso. Ou podemos abrir
um leque imenso de coisas que acontecem na palavrinha do meio.
Temos o livre
arbítrio de viver de infinitos jeitos e cada escolha que fazemos traça uma
curva na estrada da vida e nos leva a um lugar diferente do que estamos. Há
quem escolha ficar parado na beira da estrada à espera da carona de alguém que
guie o caminho. Eu prefiro ir, de carro quando tenho pressa, a pé quando quero
refletir, e de ônibus quando quero compartilhar.
Numa dessas
curvas escolhi minha faculdade, noutra dei o primeiro beijo, em outra escolhi
trabalhar onde trabalho. Algumas deixei pra trás e escolhi não seguir: escolhi
não mudar de cidade, escolhi não entrar naquele relacionamento, não fugir de
casa naquela briga com meus pais.
Numa dessas
guinadas cheguei na cidade onde moro, noutra escolhi o grupinho de amigos da
escola e depois dessa aceitei o convite de um deles pra fazer parte de um outro
grupo. E era nesse ponto que queria chegar desde o início.
Fazer
voluntariado pra mim foi escolha: decidi ajudar as pessoas. Mas entrar nessa
estrada depois daquela curva foi muito mais que isso. Fez abrir um mundo de
sentimentos que eu não conhecia tão de perto. Descobri a amizade de pessoas com
ideais parecidos com os meus. Encontrei empatia no outro e aprendi a julgar
menos e amar mais. Encontrei o amor em diversas formas: pelo que se faz, pelos
que fazem isso comigo e pela sensação de simplesmente fazer algo. Descobri o
sentimento de pertencimento a algo maior e capaz de produzir mudanças efetivas.
E descobri a
gratidão, minha pelas pessoas que me convidaram e me acompanham até aqui me
tornando uma pessoa melhor, e de tantas pessoas que encontrei pelo caminho,
como aquela senhora esquecida pelos filhos e netos naquela geriatria, pra quem
dei meu melhor abraço e de quem recebi um sorriso que carrego comigo até hoje.
C.LEO
Margrid Geli Oliveira Vendruscolo
LEO
Clube Igrejinha
Distrito
LEO LD-2
Março/2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário