Eu, eu mesmo e Irene
Interessante caro
interlocutor
Mas por favor
explique
Sem muitos
rodeios
Porque o título
de um filme?
Quando é
liderança o tema
Sem rodeios será
difícil
Pois sou o senhor
vagareza
E antes um aviso
Não espere dos
versos romantismo
Destes que se
vende em sebos
Ou algum
decassílabo parnasiano
Pois meu sol e
ascendente
Não me deixam ser
tão regrado
Por fim começo o
relato
De uma tarde
qualquer
Em meu quarto
Ao meu redor
manuais
E regulamentos do
LEO
No colo, meu
velho caderno de rabiscos
E eu, concentrado
Meditando sobre o
tema
Pensando em um
título sobre liderança
E dos esforços
saiam verbetes
E conectivos
aleatórios
Uns sobre o
movimento
Outros lembrado
destes quase um ano
Mas todos se
perdiam sem nexo
Desisto, pensei
Largo o caderno
de lado
E descanso
Me apego aos
detalhes da lapiseira
Ponta fina, meio
milímetro de espessura
Macia da marca
Faber Castel
Não, espera,
foco, foco!
Me viro e reviro
Penso no que
Melvin Jones faria
O que escreveria
nestes versos
Talvez sobre suas
parcerias
Talvez alusão aos
méritos do tema
Me ajude pai do
LEOnísmo, me dê inspiração
Penso
Me lembro de
Cotidiano
Canção de Chico,
o Buarque
Coloco a de fundo
Que bela
composição
De um gênio que
transfigurou
Tempo, ponto de
vista
E paroxítonas em
som
Me desperto do
transe
Batem na porta do
quarto
É minha mãe, de
nome Irene
Me traz uma
xícara de café com leite
Coloca ao lado da
cama
E no mesmo gesto
de ternura ao entrar, sai
Pianinha, como
quem não quer tirar a concentração do filho
E como num
insight
Minha mente se
abriu
No instante que
ela saiu
Mal sabe ela que
aquele ato
De amor
incondicional
Me abriu os olhos
da razão
É isso!
Dane se Chico,
que me perdoe
Se o tema é
liderança
Tenho em casa o
exemplo vivo
Minha mãe, minha
Irene
Que me ajudou na
construção do caráter
E me guiou até eu chegar ao LEO
Autor: Júlio César Campos
Presidente do LEO Clube Esteio Exposição
AL 2016-2017
Distrito LD-2