Quando falamos de liderança, o primeiro adjetivo que vem a minha mente é a
empatia, uma característica determinante para o êxito de um comandante. Um líder
precisa inspirar multidões, não só com palavras, mas com um simples e sincero
sorriso no canto de sua boca.
Um bom comandante é aquele que não fala, mas escuta. Escuta seus
liderados e depois dá sua palavra final. Em toda minha jornada, o desenvolvimento
de empatia e escuta ativa tem sido minha maior luta.
Afinal, um líder deve levar em conta os inúmeros pontos de vistas e estar
sempre aberto a seguir a decisão que melhor beneficie todos, mesmo que isso vá,
diretamente, contra seus princípios pessoais. Como adulto, aprendemos que não
estamos sozinhos nos ambientes de trabalho, precisamos trabalhar em equipe.
Respeitando e celebrando não apenas nossa voz ou visão, mas múltiplas histórias,
destinos, incontáveis parcelas e lados de uma população ou cultura.
A liderança exige de mim muitas faces de um único Filipe. Mas, sei que bons
líderes carregam consigo todas as histórias e a representatividade de seus
liderados.
Ainda assim, não é fácil para uma única pessoa despir-se do orgulho e dos
sentimentos que a tornam única no mundo. A liderança demanda uma racionalidade
extra. E em muitos casos é preciso deixar a minha subjetividade e valores pessoais
em segundo plano.
Sempre senti que minhas emoções e sentimentos analisavam qual caminho
era mais conciliável com meus valores pessoais. Enquanto, a minha razão e lógica
analisavam o caminho pela lente da praticidade e objetividade, mostrando-me uma
rota totalmente incompatível com o que eu sentia. O que me levou a conclusão
errônea de que um chefe precisa abrir mão de si mesmo, para atingir a empatia.
Mas isso não é verdade. É fato que a diplomacia e a paz muitas vezes
pedem que líderes abram mão de seus sentimentos e opiniões internas, a fim de
evitar uma guerra ou a perda de uma importante aliança. Entretanto, quando eu
mostro-me disposto a ouvir e sou mais empático com as pessoas. Toda essa escuta
ativa volta a mim. Todo respeito e amor que eu levo para meus subordinados, volta
em forma de gratidão inúmeras vezes mais forte.
Assim, eu percebo que a liderança vem da empatia e da escuta. Bons
comandantes promovem isso e recebem de volta a confiança de seus subordinados.
Desta forma, a autenticidade e individualidade da voz do líder perdura, não
anulando de forma alguma a voz do grupo.
CLEO Filipe Silveira Paes
LEO Clube Esteio Exposição II
Distrito LEO LD-2