segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Instrução Leoística - AL 22/23 I Primeiro Trimestre

Quando falamos de liderança, o primeiro adjetivo que vem a minha mente é a

empatia, uma característica determinante para o êxito de um comandante. Um líder

precisa inspirar multidões, não só com palavras, mas com um simples e sincero

sorriso no canto de sua boca.

Um bom comandante é aquele que não fala, mas escuta. Escuta seus

liderados e depois dá sua palavra final. Em toda minha jornada, o desenvolvimento

de empatia e escuta ativa tem sido minha maior luta.

Afinal, um líder deve levar em conta os inúmeros pontos de vistas e estar

sempre aberto a seguir a decisão que melhor beneficie todos, mesmo que isso vá,

diretamente, contra seus princípios pessoais. Como adulto, aprendemos que não

estamos sozinhos nos ambientes de trabalho, precisamos trabalhar em equipe.

Respeitando e celebrando não apenas nossa voz ou visão, mas múltiplas histórias,

destinos, incontáveis parcelas e lados de uma população ou cultura.

A liderança exige de mim muitas faces de um único Filipe. Mas, sei que bons

líderes carregam consigo todas as histórias e a representatividade de seus

liderados.

Ainda assim, não é fácil para uma única pessoa despir-se do orgulho e dos

sentimentos que a tornam única no mundo. A liderança demanda uma racionalidade

extra. E em muitos casos é preciso deixar a minha subjetividade e valores pessoais

em segundo plano.

Sempre senti que minhas emoções e sentimentos analisavam qual caminho

era mais conciliável com meus valores pessoais. Enquanto, a minha razão e lógica

analisavam o caminho pela lente da praticidade e objetividade, mostrando-me uma

rota totalmente incompatível com o que eu sentia. O que me levou a conclusão

errônea de que um chefe precisa abrir mão de si mesmo, para atingir a empatia.

Mas isso não é verdade. É fato que a diplomacia e a paz muitas vezes

pedem que líderes abram mão de seus sentimentos e opiniões internas, a fim de

evitar uma guerra ou a perda de uma importante aliança. Entretanto, quando eu

mostro-me disposto a ouvir e sou mais empático com as pessoas. Toda essa escuta

ativa volta a mim. Todo respeito e amor que eu levo para meus subordinados, volta

em forma de gratidão inúmeras vezes mais forte.

Assim, eu percebo que a liderança vem da empatia e da escuta. Bons

comandantes promovem isso e recebem de volta a confiança de seus subordinados.

Desta forma, a autenticidade e individualidade da voz do líder perdura, não

anulando de forma alguma a voz do grupo.


CLEO Filipe Silveira Paes

LEO Clube Esteio Exposição II

Distrito LEO LD-2

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